O nosso país precisa disso...
Achei muito interessante a matéria publicada no jornal O Globo deste domingo, 08 de maio, sobre o trabalho de reciclagem feito por presos.
"Todo dia ela faz tudo sempre igual: acorda às 5h da manhã e, em vez de sorrir para o amado, como na música de Chico Buarque, passa uma hora se arrumando para depois pegar uma carona e enfrentar o trânsito da Avenida Brasil. Um cotidiano de muitas mulheres cariocas, mas com uma diferença: A. é detenta em regime semiaberto no Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica, e tem que voltar para a cela no final do expediente."
Na confecção da ONG Tem Quem Queira, na Rua do Rosário, as presas transformam em bolsas lonas usadas em anúncios publicitários e eventos, que demorariam até 500 anos para se decompor. Esse trabalho começou em junho de 2008, quando Adriana Gryner, dona da agência de eventos LG Ventura, e o diretor criativo da empresa, Marco Luna, viram uma oportunidade nas grandes lonas utilizadas como banners. Com poliéster, plástico e tinta na composição, o material libera substâncias tóxicas quando abandonado no meio ambiente, mas é resistente e tem a durabilidade necessária para ser matéria-prima para bens de consumo de qualidade.
A ONG começou numa oficina no presídio Vieira Ferreira Neto, em Niterói, onde cerca de cem detentos já utilizavam máquina de costura, e, em fevereiro deste ano, já foi inaugurada outra oficina no Centro do Rio. A ideia central deste projeto é a ressociliação do preso, fazendo com que ele saiam do presídio e tenha a experiência de andar no meio de todo mundo. E, para executar o trabalho, os presidiários passam por um treinamento na própria ONG.
Esse trabalho é muito bom para os presos, já que ocupa a cabeça. Apesar disso, eles ainda sofrem muito preconceito na hora que obtêm a liberdade e querem um emprego. "Para algumas pessoas, o preso vale menos do que esse lixo que nós transformamos em bolsas. Para eles, o lixo é reciclável, e o preso, não.", diz uma detenta.
É natural que a sociedade recrimine os detentos, mas a gente tem que começar a romper esse preconceito, já que, depois da pena, eles vão voltar para a sociedade. E a melhor maneira de se fazer isso é reciclando o comportamento deles, sendo fundamental o trabalho.
É isso aí: RECICLAGEM + RESSOCIALIZAÇÃO = UM MUNDO MELHOR
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