domingo, 27 de março de 2011

A Cara do Rio...da minha janela


A exposição “A CARA DO RIO...da minha janela”, no Centro Cultural dos Correios, traz ao público diferentes ângulos da cidade na forma de pinturas, esculturas, desenhos e fotos de mais de 100 artistas. A cada obra dá para perceber que as pessoas podem ver uma mesma imagem de um modo diferente, podendo ser elas cariocas ou não, sensíveis ou críticos, que se entregam às religiões ou ao prazer, às transgressões ou às disciplinas, às notícias, aos esportes, à ecologia.
"Fenestra, fenêtre, fenster, ventana, window, não importa, onde você estiver, para onde for ou de onde vier, janela é em sua mais simples definição uma abertura que separa e permite a troca de luz, ar e umidade entre o que está dentro e o que está fora. Uma janela é no mínimo ambígua, sempre pressupõe dois lados, como a natureza humana.”, de acordo com o curador da mostra, Marcelo Frazão. Assim, ao se abrir os olhos para a cidade, a vista alcança os vários ângulos e situações que percorrem o Rio de Janeiro. De acordo com ele, “Não é apenas para olhar e interagir que vamos à janela. Sua importância é bem maior, seja no plano físico, virtual ou no plano metafísico. É por onde a cidade desfila diante dos olhos. A janela é foto, é moldura para os sentimentos que o Rio inspira, seja da janela de um avião sobre a cidade ou do simples pretexto de abrir ou fechar uma janela.”










A janela pode ser a de um carro, ônibus ou avião, a de um computador, de uma tv, de uma casa, de um boteco...Quantas janelas existem na sua vida? Janelas nem sempre são instantes separados por frestas, vidros e tremelas, elas estão sempre prontas para serem abertas ou fechadas, e de onde temos a oportunidade de passar de um mundo para outro.

Qual é a Cara do Rio? Depende. Podemos vê-lo de diversos tipos de janelas, sejam elas fixas, imaginárias ou que se movimentam pela cidade.

É difícil destacarmos uma única obra que tenha sobressaído aos olhos, pois todas têm um pouco da nossa visão. A janela pode ser interpretada também como uma janela interior, uma janela para dentro. Dessa maneira, podemos ver muitos diferentes Rios de Janeiro. As visões são bastante diversas, mas têm um traço de união que é, sem dúvida, o espírito carioca, mas que refletem também a grande criatividade dos expositores, mostrando um mundo diverso e colorido.

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