Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, mais conhecido como Di Cavalcanti, foi um importante pintor, caricaturista e ilustrador brasileiro. Nascido na cidade do Rio de Janeiro em 06 de setembro de 1897, já começou a mostrar interesse pela pintura desde jovem. Morou no Brasil e no exterior, participou de vários eventos e recebeu vários prêmios. Idealizador da Semana de Arte Moderna de 1922, colaborou como caricaturista, pintor, ilustrador, publicou um livro e desenhou até croquis de jóias – o que poucos sabem -, a pedido de um amigo joalheiro (Lucien Finkelstein), com o qual criou uma coleção de broches, pendentes e anéis.
Seu estilo artístico foi marcado pela influência do expressionismo, cubismo e dos muralistas mexicanos. Conviveu com Picasso e Braque, entre outros. Foi um intelectual bem informado sobre as vanguardas modernistas do seu tempo. Em seus trabalhos abordou temas tipicamente brasileiros, como o samba; temas sociais, como as favelas e as festas populares; enfatizou os diversos tipos femininos e usou as cores do Brasil em suas obras, ressaltando a sua exuberância natural e humana, colocando a arte brasileira em compasso com o que acontecia no mundo.
A mostra, no Centro Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro, vai até hoje e reúne 11 peças exclusivas (broches, pendentes e anéis), com seus croquis originais, 108 desenhos (tinta, lápis e aguada) e seis pinturas a óleo. As obras pertencem à coleção de seu amigo Finkelstein, falecido em 2008, e revelam a variedade de estilos, mas sempre com a temática brasileira que caracteriza o trabalho de Di Cavalcanti.
Na exposição vi muitas obras de Di retratando, principalmente, mulheres sensuais e seminuas, e os prazeres da carne, que, presumo, ele deve ter retirado da atmosfera quente e sensual de quando viveu em Paris e no Brasil. Percebi que a sensualidade é imanente às obras do pintor e os prostíbulos são uma de suas macas temáticas, assim como o carnaval e as festas.
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