A exposição do artista plástico Pedro Grossi que acontece atéhoje no Centro Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro, apresenta um trabalho contemporâneo abstrato entre painéis de formato não-convencional e esculturas com metais.
Mineiro, de Barbacena, iniciou sua trajetória artística em 2000, quando, em um impulso, aproveitou os restos de tinta da obra de sua casa em Pedra de Guaratiba, onde agora tem um atelier. Interessante é a sua trajetória, pois a arte abstrata na vida de Grossi cumpriu primordialmente uma função: a cura. Em 2004, teve um câncer, depressão e síndrome do pânico. Médico consagrado, percebeu que remédio algum fazia efeito. Foi aí que retomou a veia artística abandonada na adolescência, lhe dando ânimo, subsistência e prazer. Além de artista plástico, Pedro Grossi é Comendador, artroscopista, ortopedista, Grão Cruz de Ouro da Ordem da Associação Brasileira de Artes Visuais.
Inspirando-se em artistas consagrados como Matisse, Mabe, Volpi e Wakabayashi, procurou a individualidade gradativamente e desenvolveu sua identidade pesquisando novos materiais, ceras resinas e metais. Apostou em desenhos de formatos diferentes. Nada quadrado. Aprendeu a trabalhar com metal e a acoplar as duas coisas: a pintura e a escultura. Primeiro a pintura e, em seguida, a escultura. Tem cerca de 50 telas prontas e 5 esculturas.
Com o dom de reciclar todo tipo de material disponível: madeira, metal, tinta, resina, dentre outros, e frequentemente visitando depósitos, ferros-velhos e madeireiras, ele faz suas peças carregadas de sensibilidade, enxergando, assim como na cura de enfermidades, a possibilidade de restauração da matéria. Como o próprio nome da exposição já diz "A Magia das Mãos", ele atua na arte de salvar vidas e na arte de moldar.
De acordo com a marchand Fátima Machado, "a obra criada por Pedro Grossi é extremamente nítida. Ela se apresenta como um ser, uma presença que está ali, um fato do mundo, uma entidade de per si, única, direta, concreta... Não resta qualquer dúvida de que suas pinturas e esculturas são intencionais".
Grossi expôs no Jacob Convention Center, em Nova Iorque e, desde 2002, sua primeira aparição pública, já ganhou dezenas de medalhas de ouro e troféus, entre eles, no I Salão de Artes Plásticas do Consulado da Hungria; melhor pintura contemporânea e melhor escultura abstrata no Salão da Academia Militar das Agulhas Negras; destaque de ouro em criatividade em abstrato contemporâneo no II Salão de Artes Plásticas ABD e Forte de Copacabana, entre outros.
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