domingo, 18 de setembro de 2011

(Re)Construções - A Arte Contemporânea da África do Sul

            A mostra (Re)Construções - A Arte Contemporânea da África do Sul - que aconteceu de 19/03 a 15/05 no MAC (Museu de Arte Contemporânea), em Niterói, reuniu uma coletiva de obras de 13 artistas sul-africanos, jovens emergentes e aqueles com reconhecimento internacional, mostrando, ao contrário do que muitos temiam, que a produção criativa da África do Sul não foi afetada pelo fim do apartheid. A mostra apresenta as (re)construções de novos trabalhos, onde o desenho e a pintura dialogam entre si em imagens figurativas que privilegiam o preto e branco. A luz, a sombra e o traço são usados como técnicas para revelar, sutil ou escancaradamente, os temas de cada um, criando diálogos e contrastes entre os trabalhos, que sofrem grande influência da fotografia, tanto em seus enquadramentos como nos congelamentos das imagens. São obras informadas pela estética e pela técnica de colagem, fundamentada na repetição – do desconstruir para reconstruir. As artes visuais foram usadas como forma de a sociedade se ajustar a sua pluralidade e a diminuir as lacunas distendidas pelo apartheid.
            A mostra recebeu esse nome porque faz uma reconstrução do olhar, da nação (que se fragmentou após o apartheid), misturando mídias variadas como a colagem, a pintura, o desenho, a fotografia, fragmentos de texto e imagens preexistentes. Os artistas procuraram fazer reconstruções do olhar, da nação (que se fragmentou depois do apartheid); procuraram reconstruir o dia-a-dia de quem vivia nas áreas segregadas durante as duas primeiras décadas do apartheid, o cotidiano sul-africano; queriam mostrar sua cultura, reconstruir memórias sócio-culturais do homem com a sociedade. Há obras que assinalam a improbabilidade das cenas, da disposição e da disparidade dos elementos, gerando dúvidas entre a realidade e a ficção.
            Na exposição, percebi que há obras que fazem revisão das sequelas deixadas pelo apartheid, dos sofrimentos, da cultura da época, da falta de liberdade e da posição da mulher naquela sociedade (sobretudo da comunidade negra).

Magia das Mãos

A exposição do artista plástico Pedro Grossi que acontece atéhoje no Centro Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro, apresenta um trabalho contemporâneo abstrato entre painéis de formato não-convencional e esculturas com metais.

Mineiro, de Barbacena, iniciou sua trajetória artística em 2000, quando, em um impulso, aproveitou os restos de tinta da obra de sua casa em Pedra de Guaratiba, onde agora tem um atelier. Interessante é a sua trajetória, pois a arte abstrata na vida de Grossi cumpriu primordialmente uma função: a cura. Em 2004, teve um câncer, depressão e síndrome do pânico. Médico consagrado, percebeu que remédio algum fazia efeito. Foi aí que retomou a veia artística abandonada na adolescência, lhe dando ânimo, subsistência e prazer. Além de artista plástico, Pedro Grossi é Comendador, artroscopista, ortopedista, Grão Cruz de Ouro da Ordem da Associação Brasileira de Artes Visuais.

Inspirando-se em artistas consagrados como Matisse, Mabe, Volpi e Wakabayashi, procurou a individualidade gradativamente e desenvolveu sua identidade pesquisando novos materiais, ceras resinas e metais. Apostou em desenhos de formatos diferentes. Nada quadrado. Aprendeu a trabalhar com metal e a acoplar as duas coisas: a pintura e a escultura. Primeiro a pintura e, em seguida, a escultura. Tem cerca de 50 telas prontas e 5 esculturas.

Com o dom de reciclar todo tipo de material disponível: madeira, metal, tinta, resina, dentre outros, e frequentemente visitando depósitos, ferros-velhos e madeireiras, ele faz suas peças carregadas de sensibilidade, enxergando, assim como na cura de enfermidades, a possibilidade de restauração da matéria. Como o próprio nome da exposição já diz "A Magia das Mãos", ele atua na arte de salvar vidas e na arte de moldar.

De acordo com a marchand Fátima Machado, "a obra criada por Pedro Grossi é extremamente nítida. Ela se apresenta como um ser, uma presença que está ali, um fato do mundo, uma entidade de per si, única, direta, concreta... Não resta qualquer dúvida de que suas pinturas e esculturas são intencionais".

Grossi expôs no Jacob Convention Center, em Nova Iorque e, desde 2002, sua primeira aparição pública, já ganhou dezenas de medalhas de ouro e troféus, entre eles, no I Salão de Artes Plásticas do Consulado da Hungria; melhor pintura contemporânea e melhor escultura abstrata no Salão da Academia Militar das Agulhas Negras; destaque de ouro em criatividade em abstrato contemporâneo no II Salão de Artes Plásticas ABD e Forte de Copacabana, entre outros.







Di Cavalcanti

Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, mais conhecido como Di Cavalcanti, foi um importante pintor, caricaturista e ilustrador brasileiro. Nascido na cidade do Rio de Janeiro em 06 de setembro de 1897, já começou a mostrar interesse pela pintura desde jovem. Morou no Brasil e no exterior, participou de vários eventos e recebeu vários prêmios. Idealizador da Semana de Arte Moderna de 1922, colaborou como caricaturista, pintor, ilustrador, publicou um livro e desenhou até croquis de jóias – o que poucos sabem -, a pedido de um amigo joalheiro (Lucien Finkelstein), com o qual criou uma coleção de broches, pendentes e anéis.
Seu estilo artístico foi marcado pela influência do expressionismo, cubismo e dos muralistas mexicanos. Conviveu com Picasso e Braque, entre outros. Foi um intelectual bem informado sobre as vanguardas modernistas do seu tempo. Em seus trabalhos abordou temas tipicamente brasileiros, como o samba; temas sociais, como as favelas e as festas populares; enfatizou os diversos tipos femininos e usou as cores do Brasil em suas obras, ressaltando a sua exuberância natural e humana, colocando a arte brasileira em compasso com o que acontecia no mundo.
A mostra, no Centro Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro, vai até hoje e reúne 11 peças exclusivas (broches, pendentes e anéis), com seus croquis originais, 108 desenhos (tinta, lápis e aguada) e seis pinturas a óleo. As obras pertencem à coleção de seu amigo Finkelstein, falecido em 2008, e revelam a variedade de estilos, mas sempre com a temática brasileira que caracteriza o trabalho de Di Cavalcanti.
Na exposição vi muitas obras de Di retratando, principalmente, mulheres sensuais e seminuas, e os prazeres da carne, que, presumo, ele deve ter retirado da atmosfera quente e sensual de quando viveu em Paris e no Brasil. Percebi que a sensualidade é imanente às obras do pintor e os prostíbulos são uma de suas macas temáticas, assim como o carnaval e as festas.






segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Tons fortes e cítricos são tendência na decoração

Cores e toques florais alegram e iluminam o ambiente dentro de casa; clique para ver mais fotos Cores e toques florais deixam o ambiente mais alegre e também elevam o astral dentro de casa

Assim como nas roupas, as cores fortes vão estar com tudo na decoração de ambientes nesta estação. Tons cítricos, assim como os amarelos, verdes, vermelhos, azuis e todas as suas nuances vão estar nas paredes e objetos, tornando os ambientes mais alegres e descolados.

A arquiteta, designer de interiores e professora do Serviço Nacional do Comércio - Senac, Tatiana Castro, lembra que moda e decoração caminham juntos. "São tendências mundiais. Especialistas estudam por dois anos antes de lançarem o que estará em uso. A nós, arquitetos e designers de interiores só resta seguir, já que serão estes materiais que estarão disponíveis no mercado", resume.

Fabricantes de tintas apostam em tons como os cítricos, por exemplo, para pinturas de paredes. A diferença em 2011 é que as tintas virão em tonalidades mais diluídas, o que os especialistas chamam de "soft color". "São tons esmaecidos e podem entrar na decoração em várias graduações. Elevam o astral de qualquer ambiente", aposta a arquiteta.

Outra tendência iniciada na moda e que migrou para a decoração foi os florais. Seja nos tecidos - como os usados nas roupas de cama, mesa e banho - ou objetos decorativos, eles prometem frescor aos ambientes. "Nos abajures ou poltronas, por exemplo, basta dar um toque floral para deixar o ambiente muito mais agradável", exemplifica.

Étnicos e tropicais

Junto com as cores, os motivos étnicos e tropicais também invadiram as casas mais descoladas, assim como as mostras de arquitetura e decoração do país. "Os étnicos com grafismos estão com tudo", informa a arquiteta Tatiana Castro. Já os motivos tropicais, com flores e frutas também prometem deixar casas e apartamentos mais aconchegantes. "Um toque de brasilidade pode ser usado em qualquer ambiente e combina muito bem com as cores mais quentes", ensina Tatiana.

A arquiteta lembra que estilistas como os da marca Prada e Stella Mcartney, por exemplo, trabalham com moda casa e são lançadores de tendências também nesta área. "Isto comprova que moda e decoração desfilam juntas e uma influencia a outra", exemplifica. E seguindo esta tendência, o uso de objetos e materiais sustentáveis continua em alta, com móveis e pisos em madeiras recicladas, desde já considerados um clássico da decoração. Tendência esta que promete nunca sair de moda.

Exposição doméstica

OBJETOS DE PAIXÃO, AS COLEÇÕES GANHAM ESPAÇO SÓ PARA ELAS

Quando se é tão apaixonado por um objeto, a ponto de precisar ter vários modelos dele para se satisfazer, a hipótese de manter tudo guardado em armários ou caixas não é das mais animadoras. Mas como expor dezenas de peças repetidas sem bagunçar a decoração da casa inteira?

A resposta pode estar na parede mais próxima. Como aconteceu com a coleção de bolsas abaixo.



Até para coleções mais excêntricas há solução. foi assim o que aconteceu com os mais de 200 relógios de parede de um casal.




Outros exemplos...








De volta para o futuro

"MÓVEIS CRIADO POR BERNARDO FIGUEIREDO NOS ANOS 60, CONSIDERADAS PEÇAS DE COLECIONADOR, GANHAM REEDIÇÃO

Sentado numa cadeira que tem a sua assinatura, no pequeno apartamento de dois andares onde vive, no bairro de Jacarepaguá, o arquiteto e designer Bernardo Figueiredo, de 77 anos, afirma com convicção: "Os anos 60 foram incríveis para mim." Foi durante essa década que ele desenhou e fabricou mais de 50 peças que revolucionaram omobiliário brasileiro, a lado das criações de seus contemporâneos Sergio Rodrigues, Joaquim Tenreiro e Jorge Zalszupin. algumas delas, inclusive, foram decorar o Itamaraty, em Brasília (e, aliás, continuam decorando). Bernardo ainda destaca uma separação, duas viagens e uma prisão ocorridas nos duros anos de repressão política.

O anos de 2011 também tem tudo para fazer parte dos períodos memoráveis de sua vida. é que depois de meio século, os móveis de Bernardo - um nome desconhecido para quem não viveu aquele tempo - estão sendo reeditados. No total, sete foram lançados no início do mês de agosto no Salão Casa Brasil, em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, e acabm de chegar a lojas como Arquivo Contemporâneo, no Rio, e Dpot, em São Paulo. O estilo remete imdiatamente à época: muita madira, palhinha e pés fininhos.

Todos os seus desenhos foram entregues à Schuster, fábrica gaúcha responsável pelo revival. E nada foi feito com a ajuda de programas sofisticados de computador. Rabiscos do designer e algumas fotos que ele guarda das criações originais foram reunidos para dar forma aos móveis. Coube à fábrica selecionar e produzir a reedição. Como só existiam peças de época, seus móveis tinham status de artigo de colecionador.

Formado em 1957 pela Faculdade Nacional de Arquitetura, Bernardo começou a fazer alguns rabiscos de móveis quando trabalhava como recepcionista da Oca, lendária loja de Sergio Rodrigues, em Ipanema, e entre uma onda e outra que pegava no Arpoado. Ele chamou um marceneiro e começou a dar forma a alguns daqueles seus desenhos, enchendo sua casa com as peças. Um dia, a amiga e figurinista Calma Murtinho, que nos anos 60 tinha uma loja em Copacabana, viu sua produção caseira e levou parte dela. A partir daí, o carioca começo a ficar conhecido e passou a vender ("sem nota fiscal", como lembra).

No fim da mesma década, Bernardo recebeu a visita do então Embaixador e Ministro Wladimir Murtinho, que cuidava na época da transição do Ministério das Relações Exteriores do Rio para Brasília. ele queria que o designer desenhasse alguns dos móveis do Palácio dos Arcos, projetado por Oscar Niemayer e inaugurado em 1970. Desafio aceito, ele roduziu grandes sofás e poltronas. Alguns deles com tamanhos mais residenciais, foram incluídos na reedição de agora, como a poltrona Ipanema e o sofá Conversadeira. entre os móveis relançados, há ainda a poltrona Rio, o sofá Deck, a cadeira Bahia, dentre outros.

Bernardo chegou a abrir seu próprio estúdio de design naqueles temps, o Desenho Brasileiro, mas parou de se dedicar aos móveis nos anos 70, fechando assim um ciclo. Segundo ele, "Mudo muito de atividade. Quando começa a trazer chateação, eu paro. Percebi naquela época que precisava expandir, abrir uma fábrica, estavam começando a copiar. Não queria isso."

Depois da fase "móveis", o arquiteto se dedicou aprojetos de feiras de exposição internacionais e depois largou tudo para morar em Cabrália, no Sul da Bahia, onde comprou uma pequena fazenda e viveu por cinco anos. Mais recentemente, especializou-se em arquitetura de shoppings. O original Barrashopping, inclusive, é assinado por ele. Agora, Bernardo fecha mais essa etapa para reabrir outra."




Poltrona Rio

Bancos Toti

Poltrona Ipanema

Sofá Conversadeira

Matéria publicada na parte de Decoração da Revista O Globo, de 21 de agosto de 2011.


McDonal's agora é verde

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A rede de fast food mais famosa do mundo agora é verde – pelo menos na Europa. No velho continente, a marca McDonald´s está querendo mudar sua imagem e adotar um visual mais ecologicamente amigável.
Segundo informações da AP, a ideia é promover uma nova imagem substituindo o tradicional fundo vermelho que serve de moldura para o “M” amarelo-cheguei símbolo da rede. Até o fim do ano, cerca de 100 lojas da Alemanha terão suas cores mudadas, e na Grã Bretanha e França já existem franquias com a fachada verde.

E aí, será que o novo logo agrada?

Não é de hoje que o Mc vem tentando associar sua marca a produtos mais verdes. A inclusão de saladas e lanches mais leves, como opções de cenoura e frutas no Mc Lanche Feliz, e até mesmo uma série de campanhas institucionais mostram que a marca está tentando mudar.
Ao que tudo indica, parece que a nova cara do McDonald’s não se baseia em apenas uma demão de tinta nas lojas. Hum, será? É esperar para ver…

Pelo menos isso já é visto desde novembro de 2008 quando apresentou sua geração de novas embalagens globais.

Com uma mistura de texto e imagens tratadas, as novas embalagens irão ilustrar os ingredientes de alta qualidade e a comida preparados no McDonald’s, dando menos foco na marca, e mais no produto em si.
As novas embalagens se enquadram dentro dos esforços para sustentabilidade do McDonald´s. Cerca de 82 por cento das embalagens da empresa é feita a partir de fontes renováveis, e usa materiais como papel e madeira. Para ajudar no desenvolvimento dessas embalagens eles usam o “Global Packaging Scorecard”, que é uma ferramenta de desenvolvimento de design de embalagens. Com esta scorecard, comparam um tipo de embalagem com outra e dando pontos e assim determinam qual delas é mais amiga do meio ambiente, que materiais são mais renováveis, qual é mais reciclável, etc.