domingo, 14 de agosto de 2011

As três notáveis faces da cidade

ECLÉTICO, ART DÉCO e MODERNO: estilos que dão forma ao Rio

A matéria publicada no caderno MORAR BEM do jornal O GLOBO de hoje, dia 14 de agosto, domingo, fala sobre as misturas de estilos encontradas na cidade do Rio de Janeiro.

"Qual a cara do seu Rio? Moderna? Chique? Imponente?" Pelas ruas da cidade podemos encontrar uma diversidade de estilos arquitetônicos...e você sabe reconhecê-los e, até mesmo, admirá-los? Por acaso arriscaria qual o estilo mais encontrado no Rio? Há três que se destacam: eclético, art déco e modernismo, nessa ordem.

O modernismo, em terceiro, lembra Oscar Niemeyer, o Aterro, o MAM, a Casa das Canoas e o Palácio Gustavo Capanema, por exemplo.

 MAM

MODERNISMO: O edifício Nova Cintra (1948), integrante do Parque Guinle, em Laranjeiras, é reconhecido como o principal exemplo residencial de arquitetura modernista carioca. Pilotis e cobogós cerâmicos (que permitem a entrada de iluminação e ventilação) são algumas das características marcantes do estilo.




O art déco, em segundo, é o estilo que surgiu na Europa pós Primeira Guerra Mundial e que se fortaleceu por aqui nas décadas de 30 e 40. Tema, inclusive, de um congresso mundial que começa hoje e vai até o próximo domingo na cidade, esse estilo, marcado por fortes linhas geométricas e símbolo do moderno, do novo, é encontrado no Cristo Redentos, nos prédios da Praça do Lido, e em alguns prédios da Praia do Flamengo, como o Itaim e o Biarritz.

 Biarritz

ART DÉCO: O edifício Itaoca (1928), na Rua Duvivier, em Copacabana, é um dos representantes do estilo. entre as características, a fachada simétrica com cantos curvos e frisos horizontais e, na versão nacionalista, os apliques marajoaras no pórtico de entrada.



O ecletismo, em primeiro, é a mistura de elementos dos estilos anteriores, que faz com que a gente se depare com prédios tão diferentes (já que sua marca é o decorativismo das fachadas), como os castelinhos e casarões de Santa Teresa, os palácios Guanabara e Laranjeiras, ou o edifício Seabra, que tem em seus 12 andares elementos típicos de palacetes medievais misturados às venezianas Copacabana. O Centro é um dos bairros onde o estilo mais aparece, onde a Rio Branco é uma verdadeira 'festa de estilos', com o Teatro Municipal, o Museu Nacional de Belas Artes, a Biblioteca Nacional...

 Palácio Guanabara

 Teatro Municipal

ECLETISMO: Resultado da mistura de diferentes estilos, o ecletismo está representado no edifício Seabra (1931), na Praia do Flamengo. O prédio tem elementos toscanos (como os arcos de palácios italianos que se repetem em janelas e portais) e venezianas Copacabana (as que se projetam à frente, ao se abrirem).



Além disso, a cidade tem ainda exemplos do neo-clássico, do art-nouveau e até mesmo do bávaro. A arquitetura francesa trouxe grande influência do neo-clássico, com suas sucessões de arcos e uma platibanda que, além de esconder telhados, apresenta elementos como colunas e estátuas. O Rio vai do neocolonial ao modernismo. Na arquitetura carioca destaca-se o movimento simultâneo de diferentes estilos em determinadas épocas, ao contrário da Europa, onde os estilos têm períodos marcados.

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