sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Niemeyer no Principado das Astúrias

Oscar Niemeyer recebeu o Prêmio Príncipe das Astúrias das Artes em 1989. Em retribuição, o arquiteto desenhou uma obra, hoje instalada em Avilés, na Espanha. Batizado de Centro Niemeyer, o espaço foi inaugurado no dia 25 de março e abriga um centro de exposições, um auditório que permitirá programar espetáculos dentro ou fora da construção e uma torre panorâmica concebida como um espaço gastronômico internacional. Este é o primeiro empreendimento do arquiteto brasileiro no país europeu. O local havia sido aberto no aniversário de 103 anos do arquiteto, em dezembro do ano passado, mas só neste ano o acesso ao público foi liberado.

Com uma área construída de 14,3 mil m², o empreendimento é composto por um auditório com capacidade para 900 espectadores, um espaço de exposição de cerca de 4 mil m², um mirante e um edifício polivalente que abrigará cinema, salas de ensaio, de reuniões e de conferências, entre outros espaços da administração. No exterior, há uma praça central para espetáculos e atividades ao ar livre. "É um terreno muito esplêndido, com 200 m por 100 m, aberto sobre a paisagem, de modo que a ideia natural era criar uma praça", afirma Oscar Niemeyer em um vídeo explicativo do projeto. "De um lado, está o auditório e, do outro, o museu. Queria que o terreno estivesse limpo, no mesmo nível com os dois prédios, dando mais ênfase para a arquitetura", completa. Para não deixar os dois prédios "soltos no terreno", o arquiteto projetou uma passarela para interligar o auditório e o museu. O edifício polivalente, por sua vez, fica ao fundo do terreno. "No prédio da administração, um bloco todo envidraçado sobre pilotis, foram a simplicidade e a flexibilidade interna que procurei atender em primeiro lugar", conta o arquiteto. Já o auditório foi projetado como um palco aberto para a praça. Assim, tanto as pessoas que estão sentadas na plateia, como quem está do lado de fora do prédio consegue assistir às apresentações. No museu, por fim, Niemeyer opta por contrastar a simplicidade da cúpula externa com um ambiente interno moderno. "O piso intermediário que projetei cobrindo parte do grande salão e criando níveis diferentes vai dar ao interior do edifício um aspecto mais leve e variado", afirma.





 

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